Verónica Monteiro 
Criar um Site Grátis Fantástico
português
português

Lingua portuguesa


Docente: Sofia Santos

Objetivos da disciplina:


1. Competências gerais:

  • Relacionar as dimensões da aprendizagem e os princípios éticos que regulam o saber e a interacção com os outros.
  • Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar oralmente e por escrito, de forma adequada, e para estruturar o pensamento próprio.
  • Usar a língua portuguesa para melhorar a qualidade das relações pessoais, expressando sentimentos, experiências, ideias e opiniões, interpretando e considerando os dos outros, contrapondo-os quando necessário.
  • Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano.
  • Reflectir sobre a multiplicidade de dimensões da experiência humana, através do acesso ao património verbal legado por diferentes épocas e sociedades.

 2. Competências transversais:

 

  • Desenvolver a consciência de si e das suas capacidades;
  • Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;
  • Desenvolver um sentimento de pertença a uma comunidade linguística e cultural;
  • Desenvolver a curiosidade intelectual e o gosto pelo saber;
  • Desenvolver estratégias de investigação;
  • Resolver situações – problema;
  • Exercer um juízo crítico;
  • Actualizar o seu potencial criativo;
  • Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável;
  • Comunicar de forma apropriada tendo em conta a intenção, o contexto e os interlocutores.

 

O que mais gostei de saber:

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entra em vigor no sistema educativo português no ano lectivo de 2011/2012. A partir de 1 de Janeiro de 2012 as novas regras ortográficas serão também aplicadas ao Governo, organismos, entidades e serviços que dele dependem, assim como à publicação no Diário da República.
Para apoiar a implementação é adoptado o Vocabulário Ortográfico do Português, ferramenta de apoio à aplicação do novo Acordo Ortográfico e o conversor Lince como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia. Ambos estão acessíveis em www.portaldalinguaportuguesa.org.

Antes do Acordo Depois do Acordo
Egipto Egito
óptimo ótimo
adopção adoção
baptizar batizar
baptismo batismo
contraceptivo contracetivo
susceptível suscetível
excepção exceção
decepção deceção

 

 Há também dupla grafia nos casos em que haja um grupo de falantes que pronunciem o "p", em palavras como:

  Ceptro e Cetro
Concepção e Conceção
Corrupto e Corruto

Recepção e Receção 

Com o acordo ortográfico como se escreverá a palavra "ficção"?
Com o acordo ortográfico a palavra "ficção" manter-se-á igual. 

Tal como foi referido no artigo anterior, só se retirará o "c" nos casos em que este não for pronunciado. Haverá até casos em que algumas palavras terão dupla grafia, podendo ser escritas com ou sem "c" como é o caso da palavra "facto".
É o que explica a alínea c) da Base IV do Acordo Ortográfico:

"c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento:

aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição;facto e fato, sector e setor;"

É verdade que "c" de palavras como "acção" vai desaparecer?
Sim.
Quando o "c" não for pronunciado, será suprimido. É o caso das seguintes palavras:

açcão -ação
 direção-direção
  injecção-injeção
selecção -seleção

actual -atual
colectivo -coletivo
directo -direto
electricidade -eletricidade
objectivo -objetivo
projecto -projeto

entre outras...

 
Em que situações se usam o "K", o "W" e o "Y"?
As novas letras do alfabeto português usam-se quando se trata de:

 
(antropónimos).nomes de pessoas originários de línguas estrangeiras e palavras deles derivadas
Exemplos: Kant -kantiano; Weber - weberiano; Yang -yanguiano
(topónimos) .nomes de localidades originários de línguas estrangeiras e palavras deles derivadas
Exemplos: KosovokosovarWashington -washingtonianoYorkshire - Yourkshiriano

siglas, símbolos e unidades de medida internacionais:
Exemplos: Kg (quilograma), Km (quilómetro); WWW(World Wide Web); Yd (jarda)

(estrangeirismos):palavras de origem estrangeira de uso corrente

Exemplos: kartwindsurfyuan

 Implantação da República 

 A revolução

A revolução de 5 de Outubro de 1910 teve início na madrugada do dia anterior, em Lisboa, sendo a primeira grande revolução portuguesa do século XX. Os membros do exército e da marinha, alguns dirigentes civis e populares armados foram os principais grupos conspiradores da revolução. 

Após resistência, confrontos militares e uma primeira tentativa a 31 de Janeiro de 1891, no Porto, a República saiu vitoriosa devido à má organização do exército monárquico. Foi na manhã de 5 de Outubro de 1910 que José Relvas anunciou a queda da Monarquia e proclamou a República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Foi anunciada a criação de um Governo Provisório, por parte dos republicanos, presidido pelo Dr. Teófilo Braga, até à aprovação da nova Constituição (1911) e eleição do primeiro presidente da República (Manuel de Arriaga). Os símbolos da República Portuguesa – aprovados pelo Governo Provisório – passaram a ser o Hino Nacional (“A Portuguesa”) a Bandeira vermelha e verde substituindo a azul e branca adoptada na monarquia e a nova moeda (Escudo). A 1.ª República manteve-se até ao ano de 1926 quando se iniciou uma ditadura militar.

Dadas as ocorrências da revolução, a família real foi obrigada a partir para o exílio, em Inglaterra. 

O regicídio

O regicídio foi uma das causas que levou à implantação da República, dando-se a 1 de Fevereiro de 1908. Neste atentado foram mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro (Luís Filipe), tendo sucedido o seu filho mais novo, D. Manuel II, com apenas 18 anos. Nesta altura o Governo era chefiado por João Franco. 
 

Causas

A queda da Monarquia teve várias causas, entre ela as principais foram:

· O descontentamento da população, pois os pobres empobreciam cada vez mais, a burguesia enriquecia, a família real gastavam muito dinheiro do reino e os governos da monarquia não conseguiam resolver a situação;

· A questão do Ultimato Inglês foi outra das causas, pois a população nunca perdoou o facto de se terem perdido tantas pessoas em terras africanas e estas serem cedidas tão facilmente à Inglaterra;

· A acção do Partido Republicano, pois publicitaram as suas ideias em revistas e jornais, para além de terem tentado impô-las a 31 de Janeiro de 1891.  

· O regicídio, devido ao governo de João Franco e consequentes manifestações populares, que deixaram o país numa situação ainda mais complicada e com um rei de apenas 18 anos de idade (D. Manuel II).

 

Consequências

Com a Implantação da República ocorreram grandes alterações.

1. Criou-se a 1.ª Constituição Republicana (aprovada a 19 de Agosto de 1911), onde se destacava a importância do Parlamento que era eleito pelo povo de 3 em 3 anos e a quem competia fazer as leis e eleger ou demitir o Presidente da República.

2. Criaram-se novas leis e reformas, tais como:

· Educativas – com a intenção de alfabetizar a população, foi criado o ensino infantil (4 a 7 anos), o ensino primário tornou-se obrigatório e gratuito (7 a 10 anos), construíram-se novos liceus e criaram-se escolas técnicas (industriais, agrícolas e comerciais), para além das Universidades de Lisboa e Porto.

· Sociais – foram criadas leis de igualdade de direitos, instituído o divórcio e protecção tanto na velhice como na doença.

· Financeiras – tentativas de acabar com o défice, com resultados apenas em 1913 após restrições de despesas.  

· Protecção ao trabalhador – foi estabelecido o direito à greve, um dia de descanso semanal, um horário de 48 horas semanais para a maior parte dos trabalhadores ou 42 horas para bancários e empregados de escritório, criaram-se sindicatos e exigiu-se um seguro social aos trabalhadores.

· Laicização do estado – consiste na nacionalização dos bens da Igreja, interdição ao ensino religioso em escolas públicas e criação do registo civil obrigatório (nascimentos, matrimónios ou falecimentos).

Luis Camões 

 

   (1524 (?) - 1580)

decorative line

  .  
 

"Aqui jaz Luís Vaz de Camões, Príncipe dos Poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente assim morreu."  

De 1531 a 1541, terá ido estudar para Coimbra, onde foi despertado para os ideais do Humanismo. 

Em 1545, devido a uma relação amorosa com Dona Catalina de Ataíde, dama da Rainha,  teve que abandonar a corte de D. João III. Parte para Ceuta e, em combate, perde o olho direito. 

Entre 1553 e 1568, terá viajado pela África Oriental, Goa, Macau e China. 

Em 1570 regressa a Lisboa.  «Os Lusíadas» são publicados em 1572. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis que só recebeu  durante três anos, pois morre a 10 de Junho de 1580, em Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.

O tema do Amor está presente em toda a poesia camoniana e assume-se como o princípio fundamental da existência; o Amor é uma aspiração a um objecto inatingível.

A sua maior obra foi “Os Lusíadas”, epopeia que narra e glorifica os feitos heróicos portugueses. Pela grandeza da concepção, realismo das descrições e lirismo de vários episódios, conhecimento técnico, literário, histórico e geográfico, “Os Lusíadas” é uma das obras mais importantes do Renascimento.