Lingua portuguesa
Docente: Sofia Santos
Objetivos da disciplina:
1. Competências gerais:
2. Competências transversais:
O que mais gostei de saber:
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entra em vigor no sistema educativo português no ano lectivo de 2011/2012. A partir de 1 de Janeiro de 2012 as novas regras ortográficas serão também aplicadas ao Governo, organismos, entidades e serviços que dele dependem, assim como à publicação no Diário da República.
Para apoiar a implementação é adoptado o Vocabulário Ortográfico do Português, ferramenta de apoio à aplicação do novo Acordo Ortográfico e o conversor Lince como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia. Ambos estão acessíveis em www.portaldalinguaportuguesa.org.
Antes do Acordo | Depois do Acordo |
Egipto | Egito |
óptimo | ótimo |
adopção | adoção |
baptizar | batizar |
baptismo | batismo |
contraceptivo | contracetivo |
susceptível | suscetível |
excepção | exceção |
decepção | deceção |
Há também dupla grafia nos casos em que haja um grupo de falantes que pronunciem o "p", em palavras como:
Ceptro e Cetro
Concepção e Conceção
Corrupto e Corruto
Recepção e Receção
Com o acordo ortográfico como se escreverá a palavra "ficção"?
Com o acordo ortográfico a palavra "ficção" manter-se-á igual.
Tal como foi referido no artigo anterior, só se retirará o "c" nos casos em que este não for pronunciado. Haverá até casos em que algumas palavras terão dupla grafia, podendo ser escritas com ou sem "c" como é o caso da palavra "facto".
É o que explica a alínea c) da Base IV do Acordo Ortográfico:
Implantação da República
A revolução de 5 de Outubro de 1910 teve início na madrugada do dia anterior, em Lisboa, sendo a primeira grande revolução portuguesa do século XX. Os membros do exército e da marinha, alguns dirigentes civis e populares armados foram os principais grupos conspiradores da revolução.
Após resistência, confrontos militares e uma primeira tentativa a 31 de Janeiro de 1891, no Porto, a República saiu vitoriosa devido à má organização do exército monárquico. Foi na manhã de 5 de Outubro de 1910 que José Relvas anunciou a queda da Monarquia e proclamou a República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Foi anunciada a criação de um Governo Provisório, por parte dos republicanos, presidido pelo Dr. Teófilo Braga, até à aprovação da nova Constituição (1911) e eleição do primeiro presidente da República (Manuel de Arriaga). Os símbolos da República Portuguesa – aprovados pelo Governo Provisório – passaram a ser o Hino Nacional (“A Portuguesa”) a Bandeira vermelha e verde substituindo a azul e branca adoptada na monarquia e a nova moeda (Escudo). A 1.ª República manteve-se até ao ano de 1926 quando se iniciou uma ditadura militar.
Dadas as ocorrências da revolução, a família real foi obrigada a partir para o exílio, em Inglaterra.
O regicídio
O regicídio foi uma das causas que levou à implantação da República, dando-se a 1 de Fevereiro de 1908. Neste atentado foram mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro (Luís Filipe), tendo sucedido o seu filho mais novo, D. Manuel II, com apenas 18 anos. Nesta altura o Governo era chefiado por João Franco.
Causas
A queda da Monarquia teve várias causas, entre ela as principais foram:
· O descontentamento da população, pois os pobres empobreciam cada vez mais, a burguesia enriquecia, a família real gastavam muito dinheiro do reino e os governos da monarquia não conseguiam resolver a situação;
· A questão do Ultimato Inglês foi outra das causas, pois a população nunca perdoou o facto de se terem perdido tantas pessoas em terras africanas e estas serem cedidas tão facilmente à Inglaterra;
· A acção do Partido Republicano, pois publicitaram as suas ideias em revistas e jornais, para além de terem tentado impô-las a 31 de Janeiro de 1891.
· O regicídio, devido ao governo de João Franco e consequentes manifestações populares, que deixaram o país numa situação ainda mais complicada e com um rei de apenas 18 anos de idade (D. Manuel II).
Consequências
Com a Implantação da República ocorreram grandes alterações.
1. Criou-se a 1.ª Constituição Republicana (aprovada a 19 de Agosto de 1911), onde se destacava a importância do Parlamento que era eleito pelo povo de 3 em 3 anos e a quem competia fazer as leis e eleger ou demitir o Presidente da República.
2. Criaram-se novas leis e reformas, tais como:
· Educativas – com a intenção de alfabetizar a população, foi criado o ensino infantil (4 a 7 anos), o ensino primário tornou-se obrigatório e gratuito (7 a 10 anos), construíram-se novos liceus e criaram-se escolas técnicas (industriais, agrícolas e comerciais), para além das Universidades de Lisboa e Porto.
· Sociais – foram criadas leis de igualdade de direitos, instituído o divórcio e protecção tanto na velhice como na doença.
· Financeiras – tentativas de acabar com o défice, com resultados apenas em 1913 após restrições de despesas.
· Protecção ao trabalhador – foi estabelecido o direito à greve, um dia de descanso semanal, um horário de 48 horas semanais para a maior parte dos trabalhadores ou 42 horas para bancários e empregados de escritório, criaram-se sindicatos e exigiu-se um seguro social aos trabalhadores.
· Laicização do estado – consiste na nacionalização dos bens da Igreja, interdição ao ensino religioso em escolas públicas e criação do registo civil obrigatório (nascimentos, matrimónios ou falecimentos).
(1524 (?) - 1580)
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"Aqui jaz Luís Vaz de Camões, Príncipe dos Poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente assim morreu." |
De 1531 a 1541, terá ido estudar para Coimbra, onde foi despertado para os ideais do Humanismo.
Em 1545, devido a uma relação amorosa com Dona Catalina de Ataíde, dama da Rainha, teve que abandonar a corte de D. João III. Parte para Ceuta e, em combate, perde o olho direito.
Entre 1553 e 1568, terá viajado pela África Oriental, Goa, Macau e China.
Em 1570 regressa a Lisboa. «Os Lusíadas» são publicados em 1572. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis que só recebeu durante três anos, pois morre a 10 de Junho de 1580, em Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.
O tema do Amor está presente em toda a poesia camoniana e assume-se como o princípio fundamental da existência; o Amor é uma aspiração a um objecto inatingível.
A sua maior obra foi “Os Lusíadas”, epopeia que narra e glorifica os feitos heróicos portugueses. Pela grandeza da concepção, realismo das descrições e lirismo de vários episódios, conhecimento técnico, literário, histórico e geográfico, “Os Lusíadas” é uma das obras mais importantes do Renascimento.